A dispareunia é uma dor na vagina ou na pelve inferior, e principalmente dor na relação sexual. Você pode ter sintomas antes, durante ou depois da penetração. Portanto, você pode sentir dor durante a entrada inicial, dor durante toda a relação ou dor que dura horas após a relação sexual. Você também pode sentir dor ao usar um absorvente interno, ou coletor menstrual, ou durante exames ginecológicos.
Uma das funções do assoalho pélvico é urinar, evacuar e manter a função sexual. Ele está localizado em toda a base onde fica a sua vagina, bexiga e o ânus. O assoalho pélvico funcional permite que ocorra a lubrificação, penetração e orgasmo adequados.
A ANATOMIA DA DISPAREUNIA
A disfunção em qualquer uma ou mais das camadas do assoalho pélvico pode ser a causa da dor na relação sexual. Os músculos podem estar muito tensos, machucados durante a penetração, sem lubrificação, inflamados ou irritados por uma infecção ou distúrbio de pele.
Agora, vamos entender por que acontece a dispareunia ou a dor na relação sexual?
- Vaginismo: ocorre devido a uma contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico, mas pode evoluir para a contração das coxas e bumbum. Em muitos casos acontece por medo da relação ou sentir de dor.
- Vulvodínia: refere à dor que afeta os órgãos sexuais externos da mulher, chamados coletivamente de vulva, incluindo os lábios, clitóris e abertura vaginal. Pode ocorrer em apenas um ponto ou afetar diversas áreas da vulva. Ela pode ser sentida quando provocada, ao vestir uma roupa, sentar ou manter relações sexuais, ou espontaneamente, sem ter sofrido algum impacto.
- Endometriose: ocorre quando o endométrio, tecido que reveste a parte interna do útero, encontra-se em outra região do corpo da mulher. Frequentemente a dor da relação sexual da endometriose é sentida no fundo da vagina.
- Diminuição da lubrificação vaginal: ocorre frequentemente na menopausa ou em vaginas atróficas.
- Cicatriz no pós parto: tanto as cicatrizes do parto via vaginal quanto o parto cesárea podem causar dor na relação sexual.
- Infecções vaginais ou infecções sexualmente transmissíveis.
Para a realização do tratamento e acompanhamento das causas da dispareunia citadas acima, o Fisioterapeuta Especialista deverá ser consultado, entenda como acontece o tratamento.
FISIOTERAPIA PARA DISPAREUNIA
No atendimento, eu como Fisioterapeuta examino todo o seu histórico para avaliar a causa raiz da sua dispareunia. Adoto uma abordagem abrangente que inclui não apenas o assoalho pélvico, mas também a maneira como você se move, se exercita e até mesmo respira. Nesse momento eu posso fazer perguntas muito íntimas em relação a sua vida sexual, para tentar ajudar com as dores. Desta forma, nós encontramos juntas a causa de seus sintomas e criamos um plano de cuidados adequado para você.
Se o assoalho pélvico estiver muito tenso, seu plano se concentrará em treinar e alongar os músculos com massagem perineal. Se os seus sintomas forem causados por tecido cicatricial, será realizado uma mobilização e movimento da cicatriz e no trabalho com outras restrições de tecido. Um plano de cuidados típico inclui técnicas de terapia manual, treinamento de respiração e relaxamento, bem como exercícios de mobilidade e alongamento para melhorar a amplitude de movimento do assoalho pélvico. Seu fisioterapeuta também pode recomendar o uso de dilatadores, exercícios vaginais, uso de técnicas como o laser, eletromiografia, entre outras técnicas.
QUANTO TEMPO LEVA?
O tratamento da dispareunia é um pouco relativo, dependendo da gravidade da dor na relação de cada mulher. Um curso típico de tratamento dura de 3 a 12 meses. Com sessão uma vez por semana ou duas no início, depois aumentando para quinzenal, mensal até a alta. Embora possa parecer um longo tempo, você pode começar a ver melhorias após 2 a 4 sessões de tratamentos.
O QUE ESPERAR NO FUTURO
Assim que a fisioterapia estiver concluída, recomendamos que você continue os exercícios de alongamento e relaxamento prescritos, porque seus sintomas podem voltar em algum momento no futuro, especialmente se os sintomas forem decorrentes de uma doença associada. No entanto, você terá as técnicas, ferramentas e exercícios para controlar seus sintomas ou poderá retornar ao seu fisioterapeuta para obter suporte a qualquer momento. No e-book disponível gratuitamente no site, você pode utilizar técnicas de como reduzir a dor na relação sexual.
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Você não está sozinha!
Dra Waleska Modesto
Crefito 73638F
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[…] O vaginismo é um distúrbio em que as mulheres apresentam dificuldade persistente em conseguir a penetração vaginal. Frequentemente, é caracterizada pela contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico em resposta ao contato físico ou pressão que impede a manutenção das relações sexuais não dolorosas e pode fazer com que a entrada vaginal pareça menor. Leia mais sobre dores nas relações sexuais. […]